
BACIA DO MAMPITUBA
Abrange todos os rios ao sul da pequena serra que se destaca da Serra Geral, com o nome de Serra da Peroba, ao sul da Serra da Pedra e percorre o município de oeste a leste. A maior zona lacustre do município, e também do estado é tributária da bacia do Mampituba.Rio Mampituba - ou Mambituba. Nasce com o nome de Rio Josafá, que desce e corre entre os itamimbés da Serra Pedra Branca ao rumo de NNW até chegar à curva que faz a citada serra com a do Fachinalsinho. Daí, toma ele o nome de Rio Roça da Estância, até o afluente do Rio Facão ao rumo do norte, passando então a denominar se Rio da Praia Grande, que conserva até banhar a vila desse nome, vindo para NE depois da volta que fez.

Sustenta uma forte colônia de pescadores, cuja sede está em Mampituba (Passo de Torres). Ambas as margens do rio são densamente habitadas. Boiteux, profundo conhecedor da nossa história, lembra um episódio, que é de pouca monta, mas traduz o espírito mesquinho e antipatriótico que existia entre as pessoas incultas destas partes dos dois estados limítrofes. Foi o Mampituba teatro de muitas rixas entre os habitantes das margens opostas, porquê, estando o Mampituba antes de ser definitivamente incorporado à margem esquerda a Santa Catarina, não queriam os da direita que os da oposta pescassem no dito rio, muito principalmente na época da entrada do peixe.
A posição da barra é variável; dizem os moradores que no verão forcejam as águas para o norte, deixando o canal, que por efeito da sua descida rápida no inverno haviam escavado em uma direção mais reta e daí a existência, de um banco de areia em sua barra. Este rio tem uma largura de 110 metros, profundidade de 6 a 7 e um curso de 24 Km, a contar da sua, foz ao encontrar o Monteiro. Três lageados atravessam o seu curso, porém de pouca importância para a navegação acham se, os dois primeiros a 4,5 metros. abaixo da flor da água e terem os moradores feito varadouros nas imediações destes lageados; com isto reduziram o curso atual do rio de 3,5 Km,. O 3 lageado acha-se ao chegar no lugar, denominado Barro Cortados sobre a margem esquerda; exige alguma, cautela, por ficar apenas a 1,85 m abaixo da superfície das águas. Nenhuma outra , dificuldade apresenta-se à navegação em todo o Mampituba.
À margem esquerda a 7 km da sua foz acha-se o sangradouro da lagoa do Sombrio, num largura de 13,80 e uma profundidade de 3,70 m; neste sangradouro, mais que nenhum outro se devem fazer varadouros pelas inúmeras voltas que faz até chegar à lagoa do Sombrio. A correnteza de suas águas para o Mampituba em todas as estações sempre é maior que a deste rio; o que fica provado não só pela sondagem que apresenta este sangradouro com o da Lagoa. Tem esta um fundo regular de 2,80 a 3 m e um perímetro de 30 km.

Os efluentes mais importantes são, das nascentes até Praia Grande: o Rio Facão, o Rio do Boi, o Rio Esperança, o Malla Coco, que desce a Serra do Fachinal, com também o Río Malacara. E' tal a abundância de agua que verte da Serra Geral nesta extremidade sulina do Estado, que há nada menos que 10 passos do rios, na curta distância entre Praia Grande e a subida da Serra da Pedra Branca. Entre Praia Grande e a foz do Rio Canoa, o braço sul recebe diversas. sangas, como a Sanga Poca, que se torna importante por, delimitar as zonas de areias e de barro, Após a fóz do Canoas recebe pela esquerda a grande Sanga da Madeira, que é o Sangrador da lagoa do Sombrio, que por sua vez, está ligada a do Caverá e esta a da Serra, que por sua vez também esta presa no Araranguá pelo Rio Negro; formando assím um cana de 76 Klms.. de navegação interna, que a natureza se esmerou em proporcionar ao homem para que dele tirasse proveito e que desde 1856 foi posto em equação, tantas vezes resolvido mas sempre posto de lado o seu valor econômico, pelos administradores como também pelo interesse particular. Há a lembrar que antigamente os lavradores dos arredores do Sombrio transportavam sua produção para ser vendida em Torres ou em Porto Alegre, por esta via fluvial, e Faziam-no em canoas. Para conduzir aguardente fabricada, lançavam ás águas da lagoa os barris, e que por meio de varas de suas canoas os impeliam para o varadouro, como o faziam com as balsas de madeira, e por ele abaixo iam ter ao Mampituba, donde em carros de bois os transportavam, ao ponto desejado. Hoje já se transporta as mercadorias em confortáveis lanchas, mesmo a motor.
Por fim o Mampituba recebe, nas zonas de Curralinhos, a Sangados Rodrigues, quei é o sangradouro da sistante Lagoa do. Centro. Nafóz o Mampituba é atravessado por uma balsa, que serve ao trânsito inter estadual e nacional.
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